O que é Burrice?
A quem chamar de Burro?
Como disse o filósofo Daniel Muzitano: "É um tanto quanto complicado chamar alguém de burro quando não se sabe avaliar a inteligência..."
Muzitano conseguiu de uma forma bem eficaz, descrever o perfil arrogante de alguém que chama outro de burro, quando confrontado em suas ideias.
Quem disse que se alguém não concorda com você ela é burra ou idiota? O fato de divergirem, e ainda que você se considere certo, isso não determina a sua inteligência e a burrice da outra, quando o tema é ideológico. Não existem vencedor e perdedor num debate ideológico, afinal, as ideias e/ou opiniões de cada interlocutor, devem ser respeitadas por sua singularidade.
Rotular alguém de BURRA por esta não compartilhar com suas crenças religiosas, predileção partidária e visão do mundo, é o mesmo que chamar de inteligente somente as pessoas que concordam com você, ou seja, não há nenhuma coerência e verdade nisso.
Cada indivíduo deve expor suas ideias, como se num campo neutro estivesse; sentindo-se livre e respeitado e favorecendo-se sempre de seu direito singular. E como bem disse o GÊNIO Albert Einstein: "A única coisa de que tenho certeza, é da singularidade do indivíduo."
Existem pessoas que denominam de IDEOLOGIA, suas ideias fixas sobre as coisas, sendo assim não mudam de opinião. Que pena que nem todos pensem como Sócrates: "Eu tenho a minha opinião, até eu mudar de ideia". E essa é a grande verdade, afinal, o que é opinião senão a exposição de uma ideia?!
Infelizmente há equívocos do que é IDEOLOGIA e IDEIA FIXA, e por essa razão, algumas pessoas são vítimas de suas próprias "convicções ideológicas". Tornam-se alvos fáceis de outras, que as usam oportunisticamente como marionetes, principalmente nos meios religiosos, financeiros e políticos. Conseguem de uma forma indicativa persuadir ou dissuadi-las, alienando suas consciências. Karl Marx ratifica o que eu digo, quando defendeu sua teoria sobre IDEOLOGIA: "A ideologia age mascarando a realidade."
Algumas pessoas vivem uma vida em volta de uma ideia fixa, segurando-a como uma corda entre o solo e o abismo, entre a visibilidade e o anonimato. Sustentam e ostentam uma opinião como se fosse um combustível de vida, ou sua própria vida, colocando-a sempre em sentido inverso à ordem natural. Resumem suas vidas em uma opinião, ainda que essa não lhes traga nenhum benefício, ao contrário, que lhes traga um abismo social e espiritual, não importa, para essas pessoas, a opinião a que chama de ideologia, é muito mais importante. Theodor Adorno estava certo quando disse: "A vida tornou-se a ideologia de sua própria ausência." Que ironia... é assim que enxergo algumas pessoas..
Mas, e a burrice? Por onde anda? Será ela a ausência da inteligência? Será que uma ideologia pode dissuadir outra ideologia antagônica e rotulá-la de BURRA? Nieva Rosle disse: "A certeza é a maior forma de burrice que alguém pode ostentar". E desde que mudemos o conceito do que é inteligência e burrice, alguns "inteligentes" precisam de um público "burro" para ouvi-los. Não entendeu? Vou Explicar..
Aquele que se intitula inteligente e é arrogante, costuma expor suas opiniões obtusas e vazias, desde que ache ouvidos intelectualmente abaixo da média. Victoria Block disse: "Entre um bom marketing pessoal e a arrogância, não passa um fio de cabelo", e como todo arrogante, o falso inteligente precisa de público e uma boa massagem no ego. Não há nada mais agradável para aquele que ostenta sua ideologia paquiderme, que encontrar pessoas de baixa estima e de baixo nível intelectual, com certeza é seu público favorito, principalmente porque sabe que não será confrontado.
Ora, ora, o arrogante precisa alimentar sua vaidade, mesmo que ofusque seu brio, quem se importa?... sua opinião é exposta a peso de ouro. Goethe define bem esse tipo de perfil arrogante, quando diz: "Muitos são orgulhosos por causa daquilo que sabem; face ao que não sabem, são arrogantes". Ele IMPÕE sua opinião com receio de ser confrontado, pois sabe que num debate, suas ideias são semelhantes a dejetos na água. O MEDO é a grande fraqueza desse falso intelectual arrogante, essa é a grande verdade, pois... "a arrogância que nos leva a acreditar que somos superiores aos outros, tem origem no medo de sermos inferiores.." disse brilhantemente Mark W. Baker.
O falso intelectual teme sua própria intelectualidade porque conhece a fragilidade da mesma. Não busca clareza do fato em si, mas uma notoriedade em tentar expor sua opinião sobre quaisquer assuntos, e para isso é necessários ofuscar as pessoas que arrisquem confronta-lo. Friedrich Nietzsche descreve bem esse perfil dizendo: "Quem sabe que é profundo busca a clareza. Quem deseja parecer profundo para a multidão, procura ser obscuro porque a multidão toma por profundo aquilo cujo o fundo não vê, ela é medrosa... hesita em entrar na água"... Aplausos para Nietzsche.
Quem não gosta de ser o "Senhor ou Senhora" da razão, hein?! Mas de que vale a razão se somente você acreditar nela? Se somente você consegue enxergá-la com forma e consistência? Não vale de nada não é mesmo? E Blaise Pascal conseguiu pôr um fim na certeza da razão quando disse: O último esforço da razão é reconhecer que existe uma infinidade de coisas que a ultrapassam."
Se você pretende persuadir alguém ou uma multidão com sua opinião, Blaise Pascal dá uma receita com muita sabedoria: "Eloquência Positiva é aquele que persuade com doçura, e não com violência, ou seja, como um REI, não com um TIRANO".
Pense grande, pense que você vive num mundo onde existem milhões e milhões de pessoas que também têm suas opiniões, e que naturalmente em algum momento elas farão você mudar sua forma de pensar, e sendo assim, você entenderá o quanto evoluiu.
Finalizo com o saudoso Nelson Mandela, que ensinou tanto ao mundo, sempre com muita simplicidade, humildade e sabedoria, de como lutar pelos direitos e um futuro melhor de seu povo: "Umas das coisas mais difíceis não é mudar a sociedade, é mudar a si mesmo".
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Como disse o filósofo Daniel Muzitano: "É um tanto quanto complicado chamar alguém de burro quando não se sabe avaliar a inteligência..."
Muzitano conseguiu de uma forma bem eficaz, descrever o perfil arrogante de alguém que chama outro de burro, quando confrontado em suas ideias.
Quem disse que se alguém não concorda com você ela é burra ou idiota? O fato de divergirem, e ainda que você se considere certo, isso não determina a sua inteligência e a burrice da outra, quando o tema é ideológico. Não existem vencedor e perdedor num debate ideológico, afinal, as ideias e/ou opiniões de cada interlocutor, devem ser respeitadas por sua singularidade.
Rotular alguém de BURRA por esta não compartilhar com suas crenças religiosas, predileção partidária e visão do mundo, é o mesmo que chamar de inteligente somente as pessoas que concordam com você, ou seja, não há nenhuma coerência e verdade nisso.
Cada indivíduo deve expor suas ideias, como se num campo neutro estivesse; sentindo-se livre e respeitado e favorecendo-se sempre de seu direito singular. E como bem disse o GÊNIO Albert Einstein: "A única coisa de que tenho certeza, é da singularidade do indivíduo."
Existem pessoas que denominam de IDEOLOGIA, suas ideias fixas sobre as coisas, sendo assim não mudam de opinião. Que pena que nem todos pensem como Sócrates: "Eu tenho a minha opinião, até eu mudar de ideia". E essa é a grande verdade, afinal, o que é opinião senão a exposição de uma ideia?!
Infelizmente há equívocos do que é IDEOLOGIA e IDEIA FIXA, e por essa razão, algumas pessoas são vítimas de suas próprias "convicções ideológicas". Tornam-se alvos fáceis de outras, que as usam oportunisticamente como marionetes, principalmente nos meios religiosos, financeiros e políticos. Conseguem de uma forma indicativa persuadir ou dissuadi-las, alienando suas consciências. Karl Marx ratifica o que eu digo, quando defendeu sua teoria sobre IDEOLOGIA: "A ideologia age mascarando a realidade."
Algumas pessoas vivem uma vida em volta de uma ideia fixa, segurando-a como uma corda entre o solo e o abismo, entre a visibilidade e o anonimato. Sustentam e ostentam uma opinião como se fosse um combustível de vida, ou sua própria vida, colocando-a sempre em sentido inverso à ordem natural. Resumem suas vidas em uma opinião, ainda que essa não lhes traga nenhum benefício, ao contrário, que lhes traga um abismo social e espiritual, não importa, para essas pessoas, a opinião a que chama de ideologia, é muito mais importante. Theodor Adorno estava certo quando disse: "A vida tornou-se a ideologia de sua própria ausência." Que ironia... é assim que enxergo algumas pessoas..
Mas, e a burrice? Por onde anda? Será ela a ausência da inteligência? Será que uma ideologia pode dissuadir outra ideologia antagônica e rotulá-la de BURRA? Nieva Rosle disse: "A certeza é a maior forma de burrice que alguém pode ostentar". E desde que mudemos o conceito do que é inteligência e burrice, alguns "inteligentes" precisam de um público "burro" para ouvi-los. Não entendeu? Vou Explicar..
Aquele que se intitula inteligente e é arrogante, costuma expor suas opiniões obtusas e vazias, desde que ache ouvidos intelectualmente abaixo da média. Victoria Block disse: "Entre um bom marketing pessoal e a arrogância, não passa um fio de cabelo", e como todo arrogante, o falso inteligente precisa de público e uma boa massagem no ego. Não há nada mais agradável para aquele que ostenta sua ideologia paquiderme, que encontrar pessoas de baixa estima e de baixo nível intelectual, com certeza é seu público favorito, principalmente porque sabe que não será confrontado.
Ora, ora, o arrogante precisa alimentar sua vaidade, mesmo que ofusque seu brio, quem se importa?... sua opinião é exposta a peso de ouro. Goethe define bem esse tipo de perfil arrogante, quando diz: "Muitos são orgulhosos por causa daquilo que sabem; face ao que não sabem, são arrogantes". Ele IMPÕE sua opinião com receio de ser confrontado, pois sabe que num debate, suas ideias são semelhantes a dejetos na água. O MEDO é a grande fraqueza desse falso intelectual arrogante, essa é a grande verdade, pois... "a arrogância que nos leva a acreditar que somos superiores aos outros, tem origem no medo de sermos inferiores.." disse brilhantemente Mark W. Baker.
O falso intelectual teme sua própria intelectualidade porque conhece a fragilidade da mesma. Não busca clareza do fato em si, mas uma notoriedade em tentar expor sua opinião sobre quaisquer assuntos, e para isso é necessários ofuscar as pessoas que arrisquem confronta-lo. Friedrich Nietzsche descreve bem esse perfil dizendo: "Quem sabe que é profundo busca a clareza. Quem deseja parecer profundo para a multidão, procura ser obscuro porque a multidão toma por profundo aquilo cujo o fundo não vê, ela é medrosa... hesita em entrar na água"... Aplausos para Nietzsche.
Quem não gosta de ser o "Senhor ou Senhora" da razão, hein?! Mas de que vale a razão se somente você acreditar nela? Se somente você consegue enxergá-la com forma e consistência? Não vale de nada não é mesmo? E Blaise Pascal conseguiu pôr um fim na certeza da razão quando disse: O último esforço da razão é reconhecer que existe uma infinidade de coisas que a ultrapassam."
Se você pretende persuadir alguém ou uma multidão com sua opinião, Blaise Pascal dá uma receita com muita sabedoria: "Eloquência Positiva é aquele que persuade com doçura, e não com violência, ou seja, como um REI, não com um TIRANO".
Pense grande, pense que você vive num mundo onde existem milhões e milhões de pessoas que também têm suas opiniões, e que naturalmente em algum momento elas farão você mudar sua forma de pensar, e sendo assim, você entenderá o quanto evoluiu.
Finalizo com o saudoso Nelson Mandela, que ensinou tanto ao mundo, sempre com muita simplicidade, humildade e sabedoria, de como lutar pelos direitos e um futuro melhor de seu povo: "Umas das coisas mais difíceis não é mudar a sociedade, é mudar a si mesmo".
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